Encharca-nos a alma essa tempestade br Que nos faz metade, cortando-nos em fatias br Trespassando os céus br Redobrando a fúria dos ventos br Omitindo o silencio, delineada estratégia br Amor é um marco eterno, dominante, br Que encara a tempestade com bravura; br É astro que norteia a vela errante, br Cujo valor se ignora lá na altura. br Amor não teme o tempo, muito embora br Seu alfanje não poupe a mocidade; br Amor não se transforma de hora em hora, br Antes se afirma para a eternidade. todo este imenso globo hão de sumir-se no ar como se deu com esse tênue espetáculo. “Somos feitos da mesma substância dos sonhos e entre um sono e outro, decorre a nossa curta existência.” Pois mesmo na torrente, tempestade, eu diria até no torvelinho da paixão, é preciso conceber e exprimir sobriedade o que engrandece a ação. br E quando a tempestade se anuncia br Somente na força da poesia, br É que vejo estrelas e luares em palavras cadentes riscando o céu! br Segue a tempestade arrastando os homens e seus sonhos...