É um assunto muito complexo, pois na minha juventude quando lia que na Grécia antiga se matava os recém nascidos que nascia com qualquer anomalia e que os índios até hoje faz isso, eu achava uma monstruosidade. Hoje, depois de ter vivido 58 anos eu já acho que esse comportamento é um ato de amor, pois o descaso e o desprezo da família e da sociedade vai nos matando aos poucos. O único amor verdadeiro que o deficiente conhece é o amor de mãe. Pois o meu pai dizia todos os dias que eu nao iria servi para nada, que minha existência só dava prejuízo. É preciso viver, passar pelos sofrimentos para poder perceber que somos marginais tentando ser pessoas de bem.