Tempo para abastecer, tempo para buscar o filho na escola, tempo para ir ao mercado, ao médico, tempo, tempo, tempo... Para realizar todas estas atividades diárias - a maioria delas simultaneamente -, os indivíduos de grandes centros urbanos fazem uso dos mais diversos meios de transportes. Os espaços urbanos construídos com todos seus aparatos de fiscalização, controle do funcionamento das atividades, por exemplo, refletem no modo de ser destes indivíduos, adotando um ritmo mecânico e repetitivo. É notório a presença de limitações em relação a liberdade de ir e vir destes indivíduos que, consequentemente, caminha para um regresso semelhante ao tempo em que ainda não existia a máquina a vapor, fruto do surgimento da Revolução Industrial. No tempo em que o meio de transporte mais eficaz era as carruagens o tempo era outro e as sonoridades também. Logo, a performance que aqui se apresenta, busca ressaltar desaceleração do tempo em contraponto em relação ao meio em que estou inserido. Para infatizar isto, faço uso de um objeto - o volante - a fim de gerar um estranhamento que possibilite uma interrupção deste ritmo mecanico e repetitivo dos transeuntes que por ali passam. A música "Old North", de John Cage, integra o vídeo no sentido de ressaltar esta desaceleração do tempo. As pausas que, segundo John Cage são "as ausências que se faz ouvir", irrompem entre as melodias, fazendo-a respirar. br br Artistaperformer: Marco Antonio Paixão br Orientação:Profº Fernando A. Stratico br Fotografia: Lucas Klepa br Música: John Cage1. Nr.